sua receita para um autêntico Dia dos Mortos mexicano em casa

Genoveva Casanova: sua receita para o Dia dos MortosPablo Cuadra

Poucas tradições tão mexicanas como a Dia dos Mortos, um dos mais arraigados e populares no país asteca, que é comemorado todos os dias 1 e 2 de novembro. Com ele, os vivos lembram e homenageiam os mortos através de todo tipo de eventos em que as bebidas e brindes em sua homenagem, e a comida, são os protagonistas. E entre todas as comemorações, uma das mais emblemáticas é a Altar dos Mortos, um altar onde são feitas oferendas para aqueles entes queridos que não estão mais ao nosso lado. Para saber mais sobre esta cerimônia, e como ela é vivida, nos reunimos com Genoveva Casanova para nos contar sobre isso na primeira pessoa.

“É uma porta para que os entes queridos que já nos deixaram possam viajar do outro mundo para este para passar conosco um dia de festa, de festa, de convivência”, explica Genoveva; o que acrescenta que existem vários tipos de altares que podemos montar. “Eles podem ter dois níveis, três ou sete.” O que ela preparou junto com a tequila Don Julio tem 3 níveis: “que significa céu, purgatório e terra. As almas sobem… por isso as fotos estão no topo” -no caso dela, entre elas as de os seus avós e o da sua sogra, a duquesa de Alba “que foi uma mãe para mim”, além do seu cavalo “que acabou de partir ao meu lado ao fim de 25 anos”.

Sobre o básico e indispensável que um Altar dos Mortos deve ter, há “lAs coisas favoritas de seus entes queridos, como sua comida e bebida favorita como chocolate, café, fruta, tequila, música, flores Cempasúchil, sal e incenso para afastar as más energias, caveiras, velas que iluminam o caminho para que possam regressar…”.

Entre todas as ofertas, destaca-se o Pan de Muertos: “um pão que tem uns ‘ossos’ em cima, que só é feito nestas datas, e simboliza que os nossos defuntos já perderam os seus corpos. É um pão delicioso e que se come com chocolate quente.” E outro momento marcante: o jantar que é feito com a família e amigos, que é uma cerimônia e tanto.

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Praça de São Paulo

Quando os altares são montados, suas memórias de infância montando o altar, o prato que não falta no jantar, que no seu caso é “mole, um prato muito típico do México, especialmente de Puebla, que é feito com frango e tem um molho feito com 87 ingredientes, não sei quantos tipos diferentes de chiles, chocolate…

Em casa, para comemorar esta data, Genoveva prepara “enchiladas, é o prato que eu mais gosto. Meu avô e eu costumávamos ficar malucos com os da minha avó… e agora é o que meus filhos mais me pedem. E o chocolate de água que é feito com tabletes de cacau muito concentrados e você tem que derreter”.

Assim, e com uma tequila numa mão e flores na outra, é assim que Genoveva Casanova recebe os amigos, para viver com eles uma cerimónia que tem mais de 3.000 anos e foi nomeada Património Oral e Imaterial da Humanidade pela Unesco.